terça-feira, 1 de novembro de 2011

Resenha Critica do filme "Tropa de Elite 2"

 Escrevo essa resenha sobre o filme “tropa de Elite 2”, com muita alegria, por se tratar de um filme de grande sucesso. Os argumentos descritos foram elaborados de acordo com a minha compreensão e reflexão com relação aos temas abordados. Desde já, peço perdão a quem desagradar, ou mesmo a quem discorde do meu ponto de vista. Sugestões e comentários serão aceitos no intuito de analisarmos o conteúdo do filme.

Tropa de Elite 2 é um grande sucesso de bilheteria. Obviamente seguindo os parâmetros do primeiro que, devido ao sucesso estrondoso ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlin, em 2008. O enredo do filme “Tropa de Elite 2” gira em torno do sistema, sistema esse que tem todo o domínio sobre a cidade do Rio de Janeiro principalmente nas áreas mais carentes. Quando olhamos para a situação do Brasil, estamos propensos a pensar que os culpados são aqueles que estão à frente do tráfico e do crime. Na verdade, não percebemos que essas pessoas são manipuladas, porque assim como nós estão lutando a seu modo para sobreviver (sim, o modo errado). São pessoas de mente fraca, que nem sempre conseguem suportar as pressões da vida e acabam se jogando no mundo do crime.

O cineasta José Padilha foi muito feliz ao escrever o seu roteiro e a grande diferença entre este e o primeiro, é o fato de “Tropa de Elite 2” revelar quem realmente está por trás de tudo isso. Os tele-jornais emocionam e massacram as famílias que sofrem com a perda de um parente, os políticos sorriem enquanto são fotografados, o pobre e os menos favorecidos sofrem com o abuso e a corrupção que acontece no sistema político e social brasileiro. Uma das cenas que me chamou a atenção foi a do Prof. Fraga (Irandhir Santos), quando este entra no presídio em meio a uma rebelião, defendendo os direitos humanos. Logo em seguida, acontece uma tragédia e a mídia cai em cima. E o que o Nascimento (Wagner Moura) narra, ironicamente, é: “o problema não foi matar o bandido, mas sim sujar a camisa de sangue que estava escrito direito humanos em inglês”. Diante de tantas mortes, o que inflamou a mídia foi o que estava escrito na camisa? Ninguém atentava para o fato de se tratar de pessoas. A vida perdeu o seu valor e a violência está cada vez mais banalizada.

Na verdade, enquanto os políticos enriquecem às custas dos cidadãos, existem pessoas que estão pagando com suas próprias vidas, pela negligência desses distintos políticos. Após o episódio fatídico, o Capitão Nascimento e Matias (André Ramiro) são colocados para fora do BOPE, para livrar o pescoço do Governador que certamente estava em alguma festinha particular na hora da tragédia no presídio. Alguma mente brilhante indica o Nascimento para se tornar Subsecretário da Inteligência. Na sua inocência ele acredita que pode mudar o sistema, estando nessa posição, mas por ironia do destino, ele contribui com o sistema, fazendo com que a milícia ganhe poder e espaço para ganhar cada vez mais dinheiro.

Por traz dos pobres e iludidos militares está o sistema (os políticos), comandando tudo de cima e olhando para baixo como se olhassem para meros ratos de laboratório. Favores e apoio em troca de votos e poder! O que o protagonista não sabe é que ele também estava fazendo parte do “sistema”. E quem realmente detém o poder não se importa com quem é subordinado, não pensa em mais nada além de si mesmos. O que essa gente não esperava era que uma repórter descobriria as falcatruas.

Já parou para pensar porque a criminalidade não se acaba? Ou o trafico de drogas? Porque isso não é interessante para o sistema, os policiais ficariam sem trabalho, os apresentadores de tele-jornais ficariam desempregados e os políticos, ah! esses não fazem nada mesmo. Mas mesmo assim isso não é do interesse deles. Tudo isso é como uma cadeia alimentar! Em quem podemos confiar? Enquanto poucos fazem a sua parte como o Cap. Nascimento, que ama sua profissão, muitos não levam tais problemas sociais a sério. Como diz o ditado popular: “uma andorinha só não faz verão”.

Não podendo evitar a morte de Muitos inocentes, o herói do filme resolve enfrentar todos os seus inimigos com serenidade, mostrando que é possível viver de maneira íntegra, não se corromper com o sistema que mata e destrói milhões de pessoas, para manter as pessoas erradas no poder.

O filme é muito realista, ainda que se diga de início que trata-se de uma obra de ficção. Precisamos tomar uma postura em relação à escolha de nossos representantes, pois a criminalidade e suas raízes do mal dependem de nossas atitudes hoje! Pois o amor constrói, a sabedoria edifica e a integridade justifica. Pessoas precisam ser entendidas e amadas e não jogadas na lata do lixo como se não tivesse valor algum.
Parabéns aos roteiristos, à produção e atores do filme, por mostrarem uma realidade que Muitos não conhecem ou que fecham os olhos para não verem! Mais cuidado, ela pode estar bem próxima a você, até mesmo dentro de sua casa! O problema é de todos, precisamos nos unir e começar a fazer a nossa parte para termos um Brasil diferente!

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos Bons”. Martins Luther King

Autor: Diego Ribeiro
http:diegoribeiro.blogspot.com/2010/10/resenha-sobre-o-filme-tropa-de-elite-2.htmlribeiro.blogspot.com/2010/10/resenha-sobre-o-filme-tropa-de-elite-2.html
Data da Publicação:  20 de outubro de 2010
aluno: Jonathan Lins Costa Paulino

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