terça-feira, 8 de novembro de 2011

Resenha crítica sobre o filme"A grande família"

CRÍTICA - A GRANDE FAMÍLIA: Filmes baseados em séries Televisivas não são decepcionantes, principalmente se já possuem qualidade como é o caso da Grande Família. É como se você estivesse vendo a série - e isso será o pior que pode acontecer. Já notava melhorias no cenário carioca há algum tempo, enquanto acompanhava a saga dessa família pela televisão. Foram aprimoramentos em detalhezinhos que não me fizeram ter surpresas quanto à promoção do longa, embora tenha ficado surpresa com o aumento do volume dos seios de Marilda (Andréa Beltrão), uma atribuição que, diga-se de passagem, é considerável para a personagem.

A Grande Família, dirigido por Maurício Farias, pecou muito na abertura, porque a creditagem de cada episódio sempre foi de grande excelência em sua originalidade e tanto no começo quanto no fim somos surpreendidos com algo quase tosco. E da mesma forma, o roteiro em três versões para a mesma história tornou-se cansativo. Porém, conhecemos a maneira com que Lineu (Marco Nanini) conquista a mulher que seria a mãe de seus filhos. O personagem que sempre fez tudo certinho um dia passou a perna em alguém, no suposto acompanhante de baile de Nenê (Marieta Severo), conseguindo substituí-lo para o resto da vida. E eles continuam a freqüentar o mesmo baile até a comemoração dos 40 anos de namoro e até que a morte os possa separar ao mais-ou-menos ex-namorado (Paulo Betti) que ressurge no meio da vida do casal.

É de se considerar que a série sempre foi tipicamente carioca e tenho a teoria de que pessoas que não moraram ou visitaram o Rio de Janeiro nunca sentiram o que é se confrontar com um personagem como Agostinho Carrara (Pedro Cardoso). E ele é a melhor coisa do filme pela sua malandragem intrínseca. Desde o momento em que ele rouba um saco de biscoitos do supermercado até os conselhos que dá ao sogro para justificar uma suposta traição.

A escolha da música "Outra vez" de Roberto Carlos para os dois momentos de rompimento de Nenê e Lineu conseguiu dar um clima perfeito para a composição da cena, pois sem dúvidas o cantor combina com o ar um tanto kitch do cenário em que vive a Grande Família. Adoro a jarra em forma de abacaxi que é servida na casa de Nênê. E, tive a impressão de conseguir observar mais características dos espaços onde vivem e trabalham os personagens, embora não exista um momento que fique explícito o bairro da zona norte carioca. Os modelos de corte de cabelo colados na parede do salão de Marilda também foram bem pregados, porque isso é facilmente encontrado em muitos salões de beleza não tão nobres. Só faltou clientes com bobs enormes nos cabelos.

Título Original: A Grande Família - O filme
Gênero: Comédia
Duração: 104 min.
Ano: BR - 2006
Distribuidora: Europa Filmes e M.A. Marcondes
Direção: Maurício Farias
Roteiro: Guel Arraes e Claúdio Paiva
http://www.cranik.com/critica_agrandefamilia.htmlchttp://www.cranik.com/critica

Estudante: RAYANE DYELLE

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