sábado, 5 de novembro de 2011

Resenha do Filme " Rio "

Carlos Saldanha acertou na mosca, ou melhor, nos pássaros. “Rio” é um filme tão simples quanto exuberante, sem deixar de ser fiel. Simples porque parte de uma ideia única, sem tramas paralelas, o que não confunde as crianças menores, deixando claras desde as primeiras cenas as intenções do filme. Exuberante porque tanto as cenas de recriação da Cidade Maravilhosa quanto a animação dos pássaros são de tirar o fôlego. E fiel porque, a menos de um detalhe ou outro (que, sinceramente, em nenhum momento comprometem), o nível de cuidado com os detalhes da reprodução de ruas e ambientes da cidade é impressionante, tudo bela e caprichadamente retratado.
Até o desfile das escolas de samba é tão legal que deveria até dar ideias para os carnavalescos de carne e osso ! Há clichês, claro, mas que não tornam o filme um samba-do-crioulo-doido (com ou sem trocadilho com o samba presente o tempo todo no filme), como já vimos em aberrações como Mister Magoo (quem se lembra ?), só para citar um exemplo, daqueles que alguém pega um ônibus [!] na Amazônia e aparece minutos depois em Foz do Iguaçu…
Além de tudo, é um filme divertido: dá para rir em vários momentos. O diretor Carlos Saldanha se dá ao direito de um tom muitas vezes lírico, como já havia acontecido em seu A Era do Gelo 3, e isso é mais um ingrediente interessante ao filme que não perde sua função principal: divertir.
O cinema onde fui ver o filme, numa sessão de 19h30, estava cheio, em especial de crianças, que sem dúvida se divertiram a valer. Assisti ao filme dublado, e pela primeira vez saí com a sensação de que a versão legendada (e não o contrário) é que pode perder um pouco por conta do sem número de referências cariocas na linguagem, sotaque, entonação e gírias utilizadas. Mas mesmo que isso aconteça, nada atrapalhará a compreensão e o encantamento também dos estrangeiros que assistirem ao filme pelo mundo.
A propósito, pode ser que algum crítico alegue que “Rio” não ajuda a mudar a imagem do país no exterior, mas esta, definitivamente, não é a função do filme: ações efetivas, fora do contexto cinematográfico, ou seja, na vida real, é que deveriam fazê-lo. Não cobremos de um filme uma função e uma realidade que as autoridades é que deveriam construir no cotidiano. Mas isto é outra história: não exijam, portanto, de Carlos Saldanha uma obra como “Cidade de Deus”, pelamordedeus…
Ótima trilha, ótimos personagens numa história, repito, simples mas bastante eficiente. Encante-se, divirta-se, aproveite.

Ficha Tecnica

Titulo: Rio
Ano: 2011 (EUA)
Gênero : Animação
Direção : Carlos Saldanha
Duração do Filme : 96 min
Critico : Tommy Beresford
Preço : 22,00

Fontes : http://cinemagia.wordpress.com/2011/04/14/resenhas-rio/

Aluna : Wedja T.

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