segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CRÍTICA DO FILME DEITE COMIGO- O DIÁRIO INTIMO DE LEILA

CRÍTICA - DEITE COMIGO - O DIÁRIO INTIMO DE LEILA -  A promiscuidade é um terreno ardiloso, espinhento e sem volta. O universo das pessoas que fazem sexo anônimo, avulso e por impulso tem uma leitura muito pessoal do que é o amor e seus complementos.
Intimidade (00), Uma Relação Pornográfica (99), Mentiras (99) e A Professora de Piano (01) são filmes onde seus protagonistas transitam entre o terreno da “carne” e do sentimentalismo, dos desejos embutidos, das carências afetivas, presente em todos, sem exceção.
Deite Comigo (2005) não é diferente. A bela e jovem Leila faz sexo com homens com a mesma praticidade que lida com os outros aspectos de sua vida, ou seja, não se envolve.
De um lado vê nos pais que estão se separando a impossibilidade da concretização do amor. O amor ideal, romântico do outro vê a amiga dividida entre o noivo e o ex-namorado, gostaria de juntar o coração de um com o sexo do outro. Mas não é possível. Não no universo de Tamara Berger - autora do livro que deu origem ao filme e conseqüentemente a roteirista. Afinal: As pessoas trepam uma noite, um ano, 20 anos, não importa, sempre dói.
Quando se depara com David (Eric Balfour) os ingredientes que fomenta a paixão surgem. Sexo, necessidade, carinho, afeto e certa fixação no outro se faz presente, para ressaltar que Leila e David não serão mais os mesmos após tal encontro. Afinal: Você não pode ficar com uma pessoa e ir embora.
Em certo momento Leila diz: (...) eu só queria trepar. Trepar não é o bastante. Eis ai a espinha dorsal do filme, o calcanhar de Aquiles que nos pega por baixo, inquietando nossas possíveis compreensões a cerca do que venha a ser amor e sexo. Afinal: amar também não é o bastante.
O filme dirigido por Clement Virgo é poético, denso, sensual e necessário. As poucas palavras ditas por Leila são profundas e inquietantes. A identificação ocorre quando vemos a personagem perdida em seus próprios sentimentos, negando e lutando contra algo que todos precisam: afeto, compreensão companheirismo. Afinal: como uma mulher ama um homem?
Numa época onde as relações estão fragmentadas. Onde confiar no outro é sempre um risco. Leila e David se tornam metáforas da nossa realidade.

“ - Eu te amo e não sei o que fazer com isso”
“ – Eu não quero você”
“ – Mas eu preciso continuar te vendo.”

Arrisque-se

Ficha Técnica:
Título Original: Lie with Me 
Gênero: Drama
Duração: 93 min. 
Ano: Canadá - 2005
Distribuidoras: THINKFilm/Europa Filmes 
Direção: Clément Virgo 
Roteiro: Tamara Berger e Clément Virgo, baseado em livro de Tamara Berger
CríticoRodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema 
http://www.cranik.com/deitecomigo.html
Aluno : David Felipe 1ºA

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